11 novembro 2006

O preço da morte

O valor estipulado pelo assassinato do frei e advogado Henri Burin dez Roziers, de 75 anos, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), e pela morte de qualquer religioso que atue na luta em prol dos direitos humanos no Pará é de R$ 100 mil e R$ 50 mil, respectivamente. A denúncia foi feita pelo padre, e também advogado, José Boeing, ao participar do painel "Defesa da Defesa no Brasil", parte da programação do 50º Congresso da União Internacional dos Advogados (UIA), realizado em Salvador (BA). O padre Boeing também é ligado à CPT e vive em Xinguara, no Pará. Ele atuava na defesa dos direitos de trabalhadores do Pará ao lado da missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada a tiros em 12 de fevereiro de 2005 no município de Anapu. Os valores denunciados pelo padre Boeing são, segundo ele, de conhecimento de qualquer grileiro, fazendeiro e de qualquer trabalhador que viva na região de conflitos pela posse de terras no sudeste do Pará. Além dos valores para a eliminação de alvos como o frei Henri dez Roziers e de padres como ele, Boeing citou ainda os "preços" costumeiramente conhecidos para assassinatos de sindicalistas - R$ 10 mil - e de posseiros e lavradores - R$ 5 mil - no estado.
Rogério Almeida é colaborador da rede www.forumcarajas.org.br
Correio eletrônico: araguaia_tocantins@hotmail.com

06 novembro 2006

Emir Sader é condenado em processo movido por Bornhausen; cabe recurso

11ª Vara Criminal de São Paulo condena colunista a um ano de prestação de serviços à comunidade e à perda de seu cargo de professor na Uerj por ter chamado senador de 'racista'.
Marcel Gomes – Carta Maior

Lema para o segundo mandato será ‘nenhum direito a menos’, diz líder do MST

Para Mauro, relação dos movimentos sociais com 2º mandato de Lula deverá se centrar em “pauta, luta e negociação”. Sem crer em mudanças estruturais nesse período, ele avalia que estas devem ser tratadas como luta política e de classe.
Verena Glass - Carta Maior

05 novembro 2006

Não pagamento de compensação viola decreto presidencial

Vale do Rio Doce anuncia suspensão de pagamento de compensação ambiental a índios Xicrin no Pará. Segundo a mineradora, os R$ 9 milhões repassados anualmente a comunidades indígenas é apoio voluntário. Decreto presidencial de 97 determina remuneração como uma das obrigações para concessão da área para exploração mineral.
Natalia Suzuki - Carta Maior