Eu, Osmar (Copserviços), Cláudia e Francisco (SDDH), e Otávio Barbosa (sindicato dos Urbanitários), fomos fazer uma visita ao recente acampamento organizado pelo MST, no município de Parauapebas. No sentido de dizer aos acampados que os movimentos sociais de Marabá estão solidários com os mesmos.
Por entendermos que são grandes as dificuldades que o movimento está enfrentando, gerada pela frente de pecuarista coordenada pelo prefeito de Curionópolis, Sebastião Curió, aquele que comandou a perseguição e o assassinato dos revolucionários da Guerrilha do Araguaia.
Tivemos informações de que as barreiras policiais localizadas nas saídas das cidades de Parauapebas e Curionópolis dificultam que famílias de trabalhadores possam se deslocarem para o acampamento. As pessoas são proibidas de levarem alimentos e ferramentas. Mesmo assim trezentas famílias já se encontram no acampamento.
No dia 19 de abril, policiais prenderam um caminhão com madeiras e mantiveram detidos três trabalhadores, no Km 16 (entrada para serra Pelada), das 15 às 19 horas. Foram liberados depois de prestarem depoimentos, mesmo assim sem o direito de irem rumo ao acampamento, mas para Eldorado.
No primeiro dia de acampamento os acampados receberam visita de cinco pessoas armadas e à cavalo, como forma de amedrontarem. No segundo dia à noite ouviram explosões de bombas nas proximidades do acampamento.
Comenta-se que pessoas foram detidas por dizerem que iriam para o acampamento, quando abordadas por policiais. E também de que o prefeito de Curionópolis está ameaçando de cortar a Bolsa família, daquelas que forem para o acampamento.
O acampamento está localizado entre a sede da fazenda São Marcos, e uma outra entrada. Na entrada que antecede ao acampamento, no sentido Marabá/Parauapebas, percebemos que estão montando um acampamento, de mais ou menos 20 pessoas, ditos trabalhadores da fazenda.
Consideramos uma situação de bastante risco, portanto requer dos movimentos sociais uma boa e urgente mobilização no sentido de acompanhar e apoiar os acampados. Bem como exigir do poder público desapropriação imediata da área para fins de reforma agrária e assentamento das famílias acampadas.
Vamos à luta!
Marabá, 01 de maio de 2007.
Movimento Consulta Popular