Por Juliano Domingues, da Radioagência NP
As informações assustaram o governo, pois [conforme este] o desmatamento na região vinha diminuindo entre agosto de 2006 e agosto de 2007.
Segundo o pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Adalberto Veríssimo, existe um conflito de interesses dentro do governo. O ministério do Meio Ambiente defende o manejo sustentável da região, já a pasta da agricultura quer a expansão da pecuária na Amazônia.
“Esse desmatamento voltou agora em parte, como atestado de fracasso do governo por não ter uma agenda econômica para a Amazônia. Então se o governo não consegue privar o crédito para manejo sustentável em vez do crédito para pecuária, ele mantém um sistema de incentivos econômicos que gera mais desmatamento”.
De acordo com Adalberto, o desmatamento está relacionado com as atividades de pecuária e plantação de soja e são justamente estas atividades que impulsionam a expansão da fronteira agrícola no Brasil.