Por Vinicius Mansur, da Radioagência NP
O sobrevôo feito nesta quarta-feira (30) serviu para a ministra rechaçar as dúvidas levantadas sobre os números do Deter. O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), havia afirmado que a pesquisa não seria "confiável" como instrumento de detecção e não serviria nem mesmo para a "formulação de dados estatísticos".
Segundo Marina Silva os dados do Deter confirmam o aumento do desmate entre agosto e dezembro de 2007, porém servem apenas para “orientar o processo de fiscalização”. A consolidação precisa dos dados é feita por outra metodologia, o Prodes.
A ministra não responsabilizou diretamente produtores de soja ou pecuaristas pela devastação, mas afirmou que a atual situação não é fruto de ações esporádicas. Marina Silva afirmou que “existe uma dinâmica econômica na região, uma disputa em converter recursos naturais para atividades econômicas”.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, que também participou do sobrevôo, anunciou que a partir de 20 de fevereiro uma força tarefa da Polícia Federal atuará nas regiões de maior desmatamento.