O anúncio foi feito pelo ministro Reinhold Stephanes em audiência pública na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados.
O primeiro conjunto de mapas avaliará clima e solo e a aptidão para a agricultura. A segunda coleção, baseada no zoneamento ecológico-econômico, reconhecerá áreas protegidas ambientalmente e destinadas às populações tradicionais, como quilombolas, indígenas e seringueiros.
Finalmente, o terceiro conjunto de mapas terá o levantamento dos terrenos onde plantio será incentivado. "É onde o governo vai incentivar que se plante cana. Aí são principalmente áreas de recuperação de terra degradada e áreas de pastagem", informou o ministro.
Reinhold Stephanes informou que o Ministério da Agricultura pretende criar um selo social de reconhecimento às empresas produtoras que respeitam a legislação ambiental e trabalhista. O governo também poderá conceder incentivo para as usinas que comprem a maior parte de sua matéria-prima de pequenos e médios produtores.
O gerente de Biocombustíveis do Ministério do Meio Ambiente, Mário Cardoso, adiantou que serão liberadas para plantação de cana as áreas na borda da floresta, como existentes em Roraima, Mato Grosso e Pará - já utilizadas para pastagem e degradadas, de terreno plano e clima seco.
"A cana necessita de um estresse hídrico, de falta de água durante um período da cultura, para poder acumular sacarose, que será transformada em etanol", explicou.
A produção do mapa está sendo feita em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/Principal_vis.asp?cod=6296&cat=