A legislação criada em 1999, pelo próprio Incra, diz que a reforma agrária na região deve ser feita em áreas griladas ou já desmatadas. No entanto, o Greenpeace mostra que o Incra destina áreas florestadas para a criação de falsos assentamentos. Na negociação, as empresas madeireiras trabalham na implementação da infra-estrutura destes locais – tarefa que seria do Incra – e em troca ficam com o direito de explorar a madeira da área.
O Incra então destina para essas áreas pessoas que são meras exploradoras e não verdadeiros assentados. A tática seria responsável por um “mascaramento” dos números da reforma agrária na região. Dados do Incra mostram que em Santarém estão 25% dos assentados do estado do Pará, no entanto, o integrante do programa Amazônia do Greenpeace, André Muggiati, alega que as informações são falsas.
“O que está acontecendo é uma desvirtuação disso tudo. Estão sendo promovidos assentamentos pegando as pessoas na periferia de Santarém e aí essas pessoas estão sendo destinadas pra esses assentamentos que no caso nem existem. Essas continuam na periferia de Santarém, as áreas destinadas para esses assentamentos estão ocupadas pelas madeireiras e no entanto essas pessoas constam na listagem do Incra como tendo sido assentadas.”
Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2819&Itemid=1