AMEAÇAS
Entre os cinco religiosos marcados para morrer no Pará estão um bispo e quatro padres. A Regional Norte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) deve divulgar nos próximos dias uma nota de solidariedade aos bispos e religiosos ameaçados de morte na Amazônia. Três bispos integram a lista dos jurados de morte na Amazônia, revelando um aumento das ameaças contra religiosos envolvidos em questões sociais e ambientais, fato que vem preocupando a Igreja. Informações da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e de pastorais sociais dão conta da existência de uma lista com dez nomes de pessoas marcadas para morrer, todos da região amazônica e todos envolvidos com questões sociais e ambientais. Três deles são bispos. A situação preocupa tendo em vista a proximidade da chegada do papa Bento XVI ao Brasil, prevista para maio.
O Pará, onde a irmã Dorothy Stang foi assassinada em 2005, é o Estado com maior número de ameaçados: cinco pessoas da lista são daqui. Rondônia aparece em segundo lugar, com três nomes; e Mato Grosso em terceiro, com dois.
Na prelazia paraense do Xingu, que engloba o município de Anapu, onde irmã Dorothy vivia, o bispo Erwin Kräutler está sendo obrigado a fazer as visitas pastorais com um agente de segurança da Polícia Militar ao seu lado. O mesmo ocorre com o frade dominicano e advogado Henri des Roziers, que trabalha no escritório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Xinguara, também no Pará.
O padre Amaro, que trabalhava em Anapu juntamente com irmã Dorothy, dispensou esquema de segurança, que contava com dois PMs, em razão de que as despesas com os seguranças teriam que correr por sua conta. Os padres Edilberto Sena e José Boeing, ambos de Santarém, completam a lista e contam com escolta policial apenas quando realizam grandes deslocamentos.
Além de d. Erwin, os bispos que receberam ameaças foram d. Geraldo Verdier, da Diocese de Guajará-Mirim, região de Rondônia localizada na fronteira do Brasil com a Bolívia; e d. Antônio Posamai, de Ji-Paraná, no mesmo Estado.
Orlanda Alves, secretária da CNBB, disse na tarde de ontem que a conferência defende uma igreja cada vez mais engajada nas causas do povo. “Não podemos abandonar a missão que Deus nos Deu. Vamos lutar por uma igreja mais justa e igualitária na Amazônia. Jesus morreu na cruz para nos salvar e defendendo esses ideais. Não podemos desistir”, afirma.
Mary Cohen, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA, lembra que os religiosos ameaçados são contra os sojeiros na Amazônia, contra os grileiros e até contra a viabilização de projetos como a construção da hidrelétrica de Belo Monte. “Essa posição contraria grupos poderosíssimos daqui e de fora do Brasil e gera essas ameaças. Não queremos o confronto, mas apenas o debate de idéias. Como esses grupos não possuem argumentos, partem para a violência”, ressalta.
Entre os cinco religiosos marcados para morrer no Pará estão um bispo e quatro padres.
O Pará, onde a irmã Dorothy Stang foi assassinada em 2005, é o Estado com maior número de ameaçados: cinco pessoas da lista são daqui. Rondônia aparece em segundo lugar, com três nomes; e Mato Grosso em terceiro, com dois.
Na prelazia paraense do Xingu, que engloba o município de Anapu, onde irmã Dorothy vivia, o bispo Erwin Kräutler está sendo obrigado a fazer as visitas pastorais com um agente de segurança da Polícia Militar ao seu lado. O mesmo ocorre com o frade dominicano e advogado Henri des Roziers, que trabalha no escritório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Xinguara, também no Pará.
O padre Amaro, que trabalhava em Anapu juntamente com irmã Dorothy, dispensou esquema de segurança, que contava com dois PMs, em razão de que as despesas com os seguranças teriam que correr por sua conta. Os padres Edilberto Sena e José Boeing, ambos de Santarém, completam a lista e contam com escolta policial apenas quando realizam grandes deslocamentos.
Além de d. Erwin, os bispos que receberam ameaças foram d. Geraldo Verdier, da Diocese de Guajará-Mirim, região de Rondônia localizada na fronteira do Brasil com a Bolívia; e d. Antônio Posamai, de Ji-Paraná, no mesmo Estado.
Orlanda Alves, secretária da CNBB, disse na tarde de ontem que a conferência defende uma igreja cada vez mais engajada nas causas do povo. “Não podemos abandonar a missão que Deus nos Deu. Vamos lutar por uma igreja mais justa e igualitária na Amazônia. Jesus morreu na cruz para nos salvar e defendendo esses ideais. Não podemos desistir”, afirma.
Mary Cohen, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA, lembra que os religiosos ameaçados são contra os sojeiros na Amazônia, contra os grileiros e até contra a viabilização de projetos como a construção da hidrelétrica de Belo Monte. “Essa posição contraria grupos poderosíssimos daqui e de fora do Brasil e gera essas ameaças. Não queremos o confronto, mas apenas o debate de idéias. Como esses grupos não possuem argumentos, partem para a violência”, ressalta.
Fonte: http://www.diariodopara.com.br/Regional/Re_01.sp (publicado em 10.04.07)