O desafio em transformar a sociedade não é simples e muito menos fácil, para isso são necessárias entre outras coisas: a participação, a organização social e também coragem para mudar. E nesse processo de construção e busca por uma sociedade organizada, talvez seja necessário pensarmos em um outro sistema diferente do que estamos vivendo - o capitalismo. Mas que outra alternativa teríamos ao capitalismo? O Socialismo? Talvez, quem sabe; ainda não temos resposta, respeitando claro os que defendem esse modo de organização como alternativa ao atual. E como sair desse sistema atual? Também não temos resposta. Será pela revolução? E que tipo de revolução? Também estamos em busca dessa resposta.
O importante, nessa caminhada, é que existem pessoas e/ou grupos dispostos a buscar, a lutar em defesa de um novo modelo de organização, que possa, quem sabe, primar por uma democracia diferente da que está instalada, ou seja, por uma democracia não mais representativa, por um sistema de iguais. Sem diferenças, sem dor, sem desigualdades, uma proposta talvez utópica, porém não impossível.
Acredita-se que um dos instrumentos de transformação social seja a educação, e nesse cenário, destaquemos Paulo Freire, personalidade que merece ser lembrada, por defender a educação como um instrumento de conscientização e libertação, de democratização das relações.
Nesse contexto, aproveito para homenagear essa Organização que se constituiu há dois anos, precisamente em 03 de abril de 2005, e que com esforço, perseverança e esperança, e também com muita dificuldade, vem resistindo e tentando justificar sua Missão - a de intervir na sociedade, pautando-se na democracia popular, na geração de conhecimentos e no desenvolvimento local sustentável, com uma perspectiva de transformação nas relações econômicas, ambientais, sociais, políticas e culturais, de forma integrada, almejando-as justas e igualitárias - o Instituto Amazônia Solidária e Sustentável (Instituto AMAS).
E como foi citado no início, transformar não é simples e muito menos fácil, muitas vezes é preciso sacrifícios. Mas um fator importante permite que mantenhamos essa ideologia no Instituto, qual seja, a união de seus membros (associados e colaboradores).
Nesses dois anos, muitos do grupo precisaram se afastar, por razões diversas, mas os laços de amizade e de respeito ainda são mantidos. Destaque para os que fazem o Instituto: Aldecy, Dion, Elen, Léia, Lucilene, Neide e Roselene. Não esqueçamos dos que participaram deste, deixando suas marcas: Augusto, Nao, Patrícia, Margareth e Leonice; também alguns colaboradores como: Wany, Margarida(Marga), Paulo, Josué e Joseni, entre outros.
Peço licença às regras de metodologia científica para finalizar este simples texto, mas feito com muito carinho para esta Organização, a qual acredito e tenho muito respeito, com um trecho de Rubem Alves que diz: “Todo início contém um evento mágico, um encontro de amor, um deslumbramento no olhar... É aí que nascem as grandes paixões, a dedicação às causas, a disciplina que põe asas na imaginação e faz os corpos voarem. (...) Não, não se espantem, mitos e magia não são coisas de mundos defuntos. E os mais lúcidos sabem disso, porque não se esqueceram de sonhar”.
A todos os associados(as), colaboradores(as) e amigos(as) do Instituto AMAS, muito obrigada pela dedicação, e por conseguirmos manter esta relação de confiança e parceria.